Maique Kochenborger é o novo presidente da Ecocitrus
Nova diretoria foi empossada no início de abril e pretende seguir linha de inovação que é marca da cooperativa de porte internacional
“Quero ser visto como um cara que se empenhou e lutou pela causa da cooperativa”, afirma o citricultor Maique Konrad Kochenborger. Desde o início de abril, ele é o novo presidente da Ecocitrus, cooperativa de porte internacional que é modelo na produção e beneficiamento de frutas agroecológicas no Vale do Caí. A nova diretoria foi eleita no dia 21 de março em assembleia.
Kochenborger traz o conhecimento do campo para dentro da instituição, somando um entendimento oriundo de experiências acumuladas em quase todas as funções na cooperativa. Ele já foi tratorista, motorista de caminhão e tesoureiro, por exemplo, além de ser filho de um dos sócios-fundadores da entidade e ter crescido entre os pomares de citros.
A principal meta da gestão de Kochenborger é fazer a agroindústria operar de forma plena, aumentando a produção anual de citros orgânicos para 10 mil toneladas – atualmente, a capacidade instalada é de 18 mil toneladas, enquanto se processa, em média, 6 mil toneladas.
“A inovação e o investimento têm que continuar, isso é uma marca da Ecocitrus”, assegura, lembrando os episódios que consolidaram a imagem da cooperativa como exemplo de inovação em nível internacional. A Usina de Compostagem, por exemplo, iniciou as operações em 1995 para suprir a falta de adubação orgânica nas lavouras dos associados. Portanto, a Ecocitrus resolve dois problemas: um de nível social, ao tratar resíduos industriais, e outro que tange à produção de citros sem agrotóxicos.
A missão da entidade, na visão de Kochenborger, permeia os setores ambiental e socioeconômico, pois a cooperativa atua de forma a gerar renda e benefícios não somente a produtores rurais agroecológicos, mas a toda a sociedade – o que já aparece na filosofia de vida de quem pratica a agroecologia: “O desafio de ser um produtor agroecológico é especial, porque ele não pode ser visto com olhos que visam apenas ao ganho financeiro, mas como um desafio ambiental e socioeconômico”, pontua. O que mais o orgulha na cooperativa? “Ah, com certeza saber que fomos nós que fizemos tudo isso que está aqui”, responde de imediato.
Kochenborger conta com a colaboração e torcida do ex-presidente Ademar Henz, que permaneceu no cargo por quatro anos. Henz afirma que Maique é o primeiro presidente 100% agricultor, trazendo muita expertise do campo. “Acho isso muito positivo, porque ele vai saber conversar com os associados”, revela.
A nova diretoria é completada por Marcos Samoel Lottermann como vice-presidente, Leandro da Silva de Vargas como tesoureiro, Luis Carlos Laux como secretário e Ademar Alvício Henz, Renato José Schommer e Gilmar Alfonso Kinzel como vogais. O novo conselho fiscal é composto por Ernesto Carlos Kasper, Alison Kranz, João Kniest, Richard Maurer Schenkel, Teresinha Eliane Lopes e Adilson Schultz.
Sobre a Ecocitrus
A Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí foi fundada em novembro de 1994, por meio de um acordo de cooperação técnica entre Brasil e Alemanha, iniciado com o Projeto PRORENDA e sendo conduzido, no Rio Grande do Sul, pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, com a colaboração da GTZ (Sociedade Alemã de Cooperação Técnica). A Ecocitrus é uma cooperativa consolidada no mercado, reconhecida internacionalmente pela produção de citros no modelo agroecológico, e por investir de forma pioneira na produção de biofertilizantes e, a partir de 2012, de biogás a partir do tratamento de resíduos industriais. A produção atual de sucos e óleos essenciais da agroindústria é exportada a países como França e Alemanha.
A cooperativa também é reconhecida por praticar um modelo de gestão que prima pela construção conjunta e pelo protagonismo dos associados em todas as tomadas de decisão, recebendo diversas visitas técnicas de todo o país para mostrar o modelo inovador que empodera agricultores e gera renda a diversas famílias do Vale do Caí.