Além de sermos pioneiros na citricultura ecológica no Vale do Caí, investimos em sistemas agroflorestais e agricultura biodinâmica. Também incentivamos a sucessão rural nas propriedades por conta da garantia de renda aos agricultores e às agricultoras, mostrando que permanecer no campo é uma atividade rentável e valorizada.
Conheça histórias de vida em que o cooperativismo e a agroecologia se entrelaçam com a trajetória da nossa cooperativa.
Ao recordar a história da cooperativa que ajudou a construir, Cláudio Laux – em 2020, o sócio mais velho da Ecocitrus, com mais de 80 anos -, não segura as lágrimas: “No começo, nós éramos poucos. Mas daí veio mais um sócio, depois outro, e assim foi indo”. Lembra, com os olhos marejados, das primeiras reuniões, realizadas no Salão Fink, em Harmonia, e das amizades que fez ao longo desses mais de 25 anos. Ele é o patriarca da família Laux, que tem três sócios na Ecocitrus: ele e os filhos Luís Carlos e Carla.
Cláudio foi precursor de uma visão ecológica na citricultura do Vale do Caí e o primeiro agricultor da região a comprar uma roçadeira, indo na contramão da ideia vigente de deixar o solo descoberto. Essa prática imita o modelo utilizado na agricultura temperada, mas desconsidera que, em clima tropical e seguindo os preceitos da agroecologia, o solo deve ter boa cobertura vegetal.
Mesmo com a idade, Cláudio é muito ativo. Acompanha grupos em caminhadas com facilidade e conversa com todo mundo. É sócio-fundador da Ecocitrus, ao lado de mais 14 pessoas que precursionaram a cooperativa – entre elas, o filho Luís Carlos.
Com gestos comedidos e voz constante ao relatar os primeiros tempos de Ecocitrus, Luís resume que, para ele, a cooperativa sempre esteve atrelada à palavra “conhecimento”, por permitir reuniões e encontros em que se aprende em conjunto – e um conhecimento que perpassa a vida, não apenas a técnica agrícola. Ele conta que, na fundação, os citricultores da Ecocitrus se posicionavam contra um movimento já consolidado na agricultura brasileira, iniciado na década de 1960 com a chamada Revolução Verde. Os agricultores eram, então, bastante incentivados pelo governo a utilizar agrotóxicos nas propriedades, em um modelo que combinava pacotes prontos e subsídios financeiros para adquiri-los. A agroecologia ainda não era tão disseminada, muito menos dentro da citricultura, e era nomeada de “agricultura alternativa”.
É fácil descobrir o que Luís já fez conversando com outros sócios da cooperativa, que citam ideias, referenciam experiências e compartilham saberes que ele repassou. Foi um dos primeiros agricultores associados à Ecocitrus a fazer um curso de agricultura biodinâmica, em 1998, em Botucatu – SP. Como as práticas biodinâmicas precisam ser em grupo, levou, pelo menos, mais três anos até que outros sócios conhecessem o modelo e eles pudessem, então, aplicar esse tipo de agricultura, criada pelo austríaco Rudolf Steiner e repassada em uma série de conferências em 1924.
Atualmente, a família Laux tem três propriedades certificadas pelo selo Demeter – que atesta o manejo biodinâmico – e com sistemas agroflorestais implantados e consolidados. Além disso, Luís é ativo na gestão da entidade, já tendo sido presidente e atuando como secretário do Conselho Administrativo no período de 2019/2021.
Contraponto à calmaria do pai e do irmão, Carla é rápida e falante. Ela se associou à Ecocitrus em 2009. “Cresci ouvindo o pai e o Luís falarem da cooperativa, de ecologia e de meio ambiente. Foi bem natural entrar como sócia depois deles”, explica. Ela caminha orgulhosa em meio aos pomares que cultiva. No início, não queria trabalhar com agricultura, mas foi indo junto com a família porque não queria estudar. Com o tempo, apaixonou-se pela atividade.
Os três são uma família complementar que carrega, na essência, a filosofia da Ecocitrus. Mais do que cultivar frutas, reforçam o sistema cooperativista, que já está presente na natureza, e prezam pelo que é melhor para o grupo, levando adiante a agricultura ecológica.
Fernando Götz é um jovem que carrega o amor pela agricultura desde criança – e que se orgulha de ser sócio, desde 2018, de uma cooperativa que opera no mercado orgânico. Comercializou a produção no mercado convencional e espera não voltar a negociar com atravessadores quando a transição estiver completa e a Ecocitrus absorver os citros orgânicos de sua propriedade. “Eu sei o que é colher a fruta mais bonita do teu pomar e depois ver ela ser jogada fora pelo atravessador”, lembra. Fernando associou-se à Ecocitrus incentivado pelo programa de expansão da cooperativa, que fomenta o aumento da produção orgânica de citros no Rio Grande do Sul e a conversão de produtores convencionais.
A visão crítica em relação ao uso de venenos não é apenas pensando que o preço final da caixa de frutas será superior, mas perpassa uma intercorrência de saúde. Fernando se intoxicou quando precisava passar agrotóxicos para deixar as frutas no padrão estético do mercado convencional: “Tenho problema no sangue até hoje por causa disso”, conta.
Fernando tem parceria com o agricultor Lucas Colling, com quem trabalha desde 2016 na cidade de Maratá, localizada no Vale do Caí. Os dois são vizinhos e se conhecem desde pequenos, quando Lucas passava férias com a família no interior. Ele é natural de Estância Velha, cidade localizada na região metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Decidiu ficar no campo quando teve que se mudar, temporariamente, para cuidar da avó.
Quando Fernando se intoxicou, Lucas foi incumbido de aplicar os venenos. “Depois eu disse que, se fosse pra eu passar eles, não queria mais também”, resume Lucas. “É uma sensação muito ruim. Mesmo com o equipamento de proteção, tu ficas tonto”, explica.
A decisão de ser parte da Ecocitrus foi tomada pelos dois, que estão iniciando a implantação de um sistema agroflorestal e participam das reuniões do grupo de agricultura biodinâmica da cooperativa. A vontade de fazer muita coisa é tão grande que eles não descartam a possibilidade de, um dia, investir em turismo rural, como forma de espalhar a importância da agroecologia e o amor pelos cavalos.
A dupla fala afetivamente da participação em uma cooperativa, entendendo a Ecocitrus como um mercado de comercialização mais justo. Para eles, também é importante ver as decisões serem tomadas em conjunto, o que alimenta o sentimento de pertencimento e de escuta. Além de não precisarem mais aplicar os venenos, negociam diretamente com outros agricultores que sabem da realidade que vivem e que, assim como eles, prezam por um mundo melhor.
Adilson Schultz é natural de Colatina, cidade localizada no Vale do Rio Doce, no estado do Espírito Santo. Veio ao Rio Grande do Sul para estudar, ocasião em que conheceu a esposa, Anete Roese. Com marcante passagem pelo mundo acadêmico, o casal vive hoje em uma pequena propriedade localizada na geografia serrana de Linha São João, interior de Salvador do Sul, onde Anete nasceu e cresceu.
Um dia surgiu a oportunidade de se tornar sócio da Cooperativa Ecocitrus, a partir do plano de expansão da entidade. “Procuramos muito tempo uma forma de tornar viável a produção orgânica de Citrus” – destaca Adilson. “A entrada na Cooperativa resolveu nosso principal problema, que era a garantia de comercialização da produção.”
Participativo nos encontros em grupo promovidos pela Cooperativa, Adilson acredita que sem a ajuda dos colegas produtores orgânicos não seria possível manter-se na atividade. “O trabalho todo apoia-se num tripé: cooperativismo, agricultura familiar e ecologia. Essas três coisas precisam andar juntas. Mas o mais importante é o apoio mútuo”.
A filosofia da agroecologia ressoa em Adilson, que encontrou na lida do campo uma forma prática de desenvolver seus conhecimentos. Desde sempre Adilson sabia que queria seguir os preceitos ecológicos de Ana Primavesi – cujas obras repousam em um móvel na sala. Aí estão também livros de Rudolf Steiner sobre Agricultura Biodinâmica e cartilhas sobre manejo de abelhas.
Menos de uma década desde que trabalha com citricultura, a propriedade de Adilson e Anete já é certificada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente como um Sistema Agroflorestal. E está agora no caminho da certificação Demeter. “É o resultado de uma atitude responsável na produção de alimentos saudáveis, prestando atenção em cada coisa, trabalhando em sintonia com todos os seres vivos”, conclui Adilson.
Celso Luiz e Paulo André Reichert são irmãos e sócios da Ecocitrus desde 1996. Entusiastas do cooperativismo, por ser uma forma mais justa de comercialização em grupo, a dupla pertence a uma família que totaliza cinco irmãos, todos atuando na agricultura. Eles seguiram a profissão dos pais e cultivam, hoje, em cidades que integram um importante cinturão produtor da Ecocitrus: Harmonia e Pareci Novo. As esposas de ambos também são sócias: Regina Reichert e Marlise Reichert.
Cada casal administra a sua propriedade, em que o carro-chefe são variedades do trio que caracteriza a citricultura na cooperativa: laranja, bergamota e limão. Celso e Regina, em Pareci Novo, e Paulinho e Marlise, em Harmonia.
Antes de participarem da cooperativa, Celso e Paulinho utilizavam agrotóxico nos pomares – já em baixa quantidade, pela visão crítica -, mas viram na produção orgânica uma alternativa rentável e respeitosa à natureza. Os dois têm um discurso alinhado sobre a importância do cooperativismo: comercializar a produção ecológica tem muito mais força quando é feita em grupo. Na Ecocitrus, destacam ainda a possibilidade de entrar no mercado internacional com sucos e óleos essenciais, valorizando ainda mais os agricultores.
A lida apaixonada de Paulinho pela citricultura foi acompanhada pela esposa, Marlise. Ela era funcionária em uma indústria têxtil antes do casamento, mas foi contagiada pela beleza de trabalhar no campo. Ela compartilha, com frequência, fotografias do dia a dia nas redes sociais, recebendo elogios dos amigos e seguidores. “Eles não fazem ideia do que fazemos aqui”, comenta, pois se engaja em levar adiante a mensagem do cooperativismo. Ao caminhar pelo arvoredo, observa: “A minha paixão é o limão-siciliano”. Ao ser questionada sobre o motivo, não titubeia: “Pelo cheiro, pela cor, porque é fácil de manusear, é bom de trabalhar com ele, e é o melhor suco que tem”.
O que emociona os irmãos Reichert, porém, é a possibilidade de os filhos ficarem na propriedade. Os rebentos admiram a lida e até falam, quando questionados, que querem ser agricultores no futuro. Todos os membros da família enxergam a agricultura ecológica, afinal, como mais do que uma atividade de subsistência, mas como uma paixão em que se alia amor pelo que faz com a garantia de retorno financeiro acima do mercado convencional.
Com o apoio do cooperativismo e o fomento da agroecologia, a escolha não é mais, como no passado, algo que presume dificuldades financeiras. É possível obter lucro, ter segurança e levar adiante a filosofia de um mundo em que a alimentação orgânica seja realidade e onde o agricultor seja valorizado.
Mercilda Teresinha Hoffmann e Marcos Hoffmann contam, com orgulho, que o filho mais novo decidiu voltar à propriedade aos 22 anos de idade, no final de 2019. Anderson saiu do emprego em uma mecânica de Montenegro para trabalhar ao lado dos pais, na mesma cidade, depois de ter crescido em meio aos pomares de citros. Viu na agricultura ecológica e no cooperativismo um caminho rentável e teve apoio para concluir a mudança: assumiu o terreno da família, de 5 hectares, e adquiriu outro, de 3 hectares, com o apoio dos pais.
Teresinha e Marcos associaram-se à Ecocitrus por meio do que, no início da entidade, eram cotas destinadas a certos grupos. Teresinha entrou em 1996, por meio de uma cota para um grupo de mulheres, composto por oito integrantes que eram associadas à Harmonie Citrus – associação considerada precursora da Ecocitrus. Marcos associou-se por meio de uma cota de funcionários da Reaviva, usina de compostagem operada pela Ecocitrus, onde trabalhou de setembro de 1996 a janeiro de 2015. Ele foi gerente operacional da planta a partir de 2007.
Os dois recordam, em um misto de nostalgia e de respeito pela própria história, que, quando entrou em trabalho de parto para dar à luz a Anderson, Teresinha foi levada ao hospital por Marcos – que logo voltou para casa para seguir colhendo laranjas, só retornando pouco antes do filho mais novo vir ao mundo. “E os filhos cresceram dentro da produção orgânica”, resume Teresinha, uma agricultora sorridente e calma, que se envolve em questões que tangem a participação da mulher na cooperativa.
O casal é referência dentro da Ecocitrus em práticas de homeopatia. Foi uma provocação de Marcos que suscitou a fundação do grupo, em fevereiro de 2017 – que se encontra a cada dois meses sob a coordenação do engenheiro agrônomo da cooperativa, Daniel Büttenbender. A homeopatia agrega conhecimento a partir das propriedades medicinais das plantas, e recupera a saúde de pomares por meio de receitas ancestrais que utilizam ervas e chás.
“Eu tinha o sonho de colher toda a laranja para suco. E consegui. Chegamos lá”, resume Teresinha. Com o retorno do filho mais novo à propriedade e através do entendimento sábio da natureza, a família Hoffmann encontra segurança no cooperativismo e leva adiante, com orgulho, a filosofia da agroecologia. A família Hoffmann gosta, enfim, de ajudar os outros e acredita no conhecimento – essência que ressoa na cooperativa.
Inês Cecília e Rudi Lottermann são um casal tão afeiçoado e ligado à agricultura que passaram a lua-de-mel plantando mudas de laranja-valência. “E 40 anos depois, elas ainda estão produzindo”, conta Rudi, orgulhoso, completando a história que começou a ser relatada pela esposa. “Sempre trabalhamos juntos na agricultura”, recorda Inês, com um sorriso que raramente desaparece do rosto – e fica especialmente largo quando vê os netos reunidos em meio aos pomares.
As mudas que seguem produzindo são precursoras de uma família cuja energia irradia na propriedade e no envolvimento da cooperativa. Dos cinco filhos de Inês e Rudi, dois permaneceram na agricultura: Marcos, vice-presidente da Ecocitrus na gestão 2019/2021, e Vilson, entusiasta da agricultura biodinâmica, da homeopatia e dos sistemas agroflorestais.
Rudi conta que a transição para o orgânico iniciou quando participou de um evento em que o palestrante falou: “Feliz aquele que logo sente os efeitos do veneno quando o aplica”. Matutou a frase e migrou para um estilo de vida que considera a própria saúde e, por consequência, da família e do planeta.
O trabalho em família é regra na propriedade dos Lottermann. Vilson trabalha ao lado da esposa, Cândida, com quem tem quatro filhos – um, nas fotografias, ainda está na barriga. “Foi ele que me conquistou a retornar para a agricultura”, conta ela, que é formada em Fisioterapia, mas não exerce mais a profissão. “E voltar foi o nosso projeto familiar”, completa. Vilson trabalhou por 10 anos em uma construtora, mas sempre teve o sonho de ser agricultor. Concretizou o desejo em 2012, dois anos depois de Marcos, que voltou em 2010.
Marcos, assim como Vilson, trabalhou por cinco anos em uma construtora. É formado em Administração, e, cansado da rotina estressante na empresa, decidiu retornar para a propriedade. Enfrentou, inicialmente, a resistência dos pais, que achavam que não haveria possibilidade de crescimento. Marcos fez contas e argumentou com planilhas que a escolha era rentável.
No primeiro ano em que se tornou agricultor, em 2010, produziu 1.000 caixas nos hectares que tinha. Foi estabelecendo parcerias com vizinhos, aumentando a produção e, em 2019, colheu mais de 14.000 caixas. Ao mesmo tempo, foi se envolvendo na gestão da Ecocitrus, colocando em prática sua pós-graduação em Desenvolvimento de Lideranças.
As laranjas-valência plantadas na lua-de-mel de Rudi e de Inês Cecília são administradas, hoje, pelos filhos do casal – completando uma cadeia que, para além de ser rentável e de estar na mão dos agricultores, é afetiva. Rudi conta, entre risadas, que entregou todas as terras que tinha aos filhos, oficializando a confiança de trabalhar em família. “Virei funcionário deles”, brinca.
“A minha vida e a vida da minha família se entrelaçam com a história da Ecocitrus”, resume Maique Kochenborger, presidente da entidade na gestão 2019/2021. A cooperativa foi fundada quando Maique tinha 13 anos. “Eu cresci junto com ela”, arremata. Na família Kochenborger, há três sócios: Maique, Irineu e Darvin, que cultivam na cidade de Montenegro – RS.
“A gente foi se envolvendo para sair fora do agrotóxico”, explica Irineu Kochenborger, pai de Maique e um dos 15 sócios-fundadores da entidade. Ele recorda que a confiança dos fundadores na causa era tão grande que chegaram a hipotecar suas terras como garantia para financiamentos.
Irineu envolveu-se bastante na criação da Reaviva, usina de compostagem operada pela Ecocitrus e fundada em 1995. A intenção era gerar adubo orgânico para aplicação nos pomares orgânicos dos sócios. Na época, uma das dificuldades dos agricultores associados era encontrar insumos que não contivessem químicos. “Eu fui indo, acompanhando, então o Maique cresceu e tomou meu lugar”, conta, sinalizando que o processo foi natural.
Maique passou por diversos cargos dentro da entidade: motorista de caminhão, auxiliar na classificação de frutas da agroindústria, feirante, tratorista, membro do Conselho Fiscal, tesoureiro… Na gestão 2019/2021, chegou à presidência, o que proporciona uma visão integral das necessidades da cooperativa.
Na gestão das propriedades da família Kochenborger, participa mais um membro que se define como um sócio curioso: Darvin, irmão de Maique, que se associou em 2009, cinco anos depois do irmão mais velho. Darvin atribui a escolha por permanecer na atividade rural à Ecocitrus: “Se não fosse a cooperativa, eu não veria um futuro muito promissor em plantar citros”.
Não é difícil ver Maique e Darvin fazendo brincadeiras com as pessoas em volta, tornando ambientes – mesmo que sérios – um pouco menos pesados. Quando questionados sobre uma palavra que define a Ecocitrus, não titubeiam e disparam – cada um sendo entrevistado à parte e sem conhecimento prévio da resposta do outro: “paixão”. Se depender da família Kochenborger, a Ecocitrus é sustentada, também, por sentimentos – e não somente por números que mostram que o cooperativismo e a citricultura ecológica são uma combinação viável.
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